Dialética de Bolso

Se amanhã eu acordar e não simpatizar com o que vir além do meu reflexo, eu mudo.

E mudo porque sou dona de mim.

Posso ser condicionada por horários e regras, mas ainda possuo algo que me faz rainha de uma consciência. Eu possuo as minhas vontades. 

E com elas, sem elas, por elas, eu sou.

Não demoro a entendê-las, apenas preciso de um tempo para me entender com elas.

Os outros é que decidiram mistificá-las e, assim, pintar-me como um enigma.

Mas eu escolho as minhas cores e quero ser uma aquerela viva.

Não quero ser traços, contornos e sombreados, porque isso é para artistas.

Quero ser apenas as minhas vontades e com elas, por elas, sem elas, mudar.

Mudar sempre que me sentir intrusa em minha pele ou quando o espelho estiver embaçado.

Mudar porque de inconsistência em inconsistência se faz um ciclo perfeito.

Mas eu não quero ser perfeita.

Então eu mudo. 

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Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza.

Oscar Wilde 

Ainda que haja noite no coração, vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão

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